Melatonina: Um tratamento promissor para o melasma? Novas evidências clínicas reveladas em 2024

11-12-2024


 

Melasma, um distúrbio de hiperpigmentação adquirido desafiador, afeta predominantemente mulheres asiáticas na faixa dos 30 e 40 anos, com uma prevalência estimada de até 30% entre mulheres em idade fértil.

Um recente ensaio clínico duplo-cego, randomizado e controlado por placebo publicado emJEADV avaliaram a eficácia de 5mg de melatonina oral no tratamento de melasma facial em mulheres. Os resultados revelaram melhorias promissoras.

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Fundo: Estresse oxidativo como fator-chave naMelasma


O estresse oxidativo é um contribuinte significativo para o desenvolvimento do melasma, tornando os antioxidantes uma opção terapêutica potencial devido ao seu impacto na gravidade da doença. A melatonina, um regulador do ritmo circadiano com potentes propriedades antioxidantes, neutraliza os radicais livres, inibe a tirosinase e estimula outras enzimas antioxidantes para regular a melanogênese.

Estudos prospectivos preliminares sugeriram que a combinação de melatonina oral e tópica pode ser eficaz no tratamento do melasma.


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Objetivo do estudo

Avaliar a eficácia da melatonina oral 5mg como tratamento independente para melasma facial em mulheres.


 


Desenho do estudo

Este ensaio clínico prospectivo, multicêntrico, randomizado, duplo-cego e controlado por placebo incluiu

 a seguir:


1. Critérios de inclusão:


.Melasma moderado a grave (mMASI > 5).


.Mulheres adultas que não receberam tratamento específico por ≥45 dias.








2. Protocolo de tratamento:


 


Os participantes foram designados aleatoriamente para tomar uma cápsula de 5 mg de melatonina (MELA) ou um placebo (PLAC)

 todas as noites antes de dormir durante oito semanas.


Ambos os grupos foram aconselhados a usar um protetor solar com cor de amplo espectro (FPS 60).


 


3. Medidas de resultado:


 


 Alteração no Índice de Área e Gravidade do Melasma modificado (mMASI) da linha de base (T0) até 8 semanas (T8).


 Índice de Qualidade de Vida do Melasma (MELASQoL).


 Diferenças colorimétricas entre a pele afetada por melasma e a pele adjacente não afetada (Dif-L*).


 Melhora estética geral avaliada por avaliadores cegos usando fotos padronizadas (T0 e T8).


 


Resultados


1. Características da linha de base:

Os dados clínicos e demográficos foram comparáveis ​​entre os grupos.


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2. Resultados primários:

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· mMASI: Ambos os grupos apresentaram reduções, com o grupo melatonina superando o grupo placebo

 (P = 0,014).


· MELASQoL e Colorimetria: Não foram observadas diferenças significativas entre os grupos (P = 0,813 e 

P = 0,642, respectivamente).


· Análise fotográfica: O grupo da melatonina demonstrou melhora geral superior em comparação ao grupo 

grupo placebo (P = 0,019).


 


Estudo de Importância

Este estudo fornece evidências de prova de conceito que apoiam a melatonina como uma intervenção potencial para 

melasma. No entanto, a falta de um comparador ativo e um período de acompanhamento relativamente curto foram limitações. 

Pesquisas futuras podem explorar formulações tópicas, dadas suas concentrações epidérmicas potencialmente mais altas 

comparado à administração sistêmica.


Conclusão

Melatonina oral (5mg) tomada por oito semanas mostrou melhora significativa no melasma facial 

comparado ao placebo e foi bem tolerado.



Tratamentos convencionais atuais para melasma


1. Terapias Tópicas

· Hidroquinona: É considerada o padrão ouro para tratamento de melasma. Ela funciona inibindo a tirosinase, uma enzima chave na produção de melanina.

· Terapias combinadas: produtos que combinam hidroquinona com retinoides e corticosteroides, como a fórmula Kligman, aumentam a eficácia ao atingir múltiplas vias de pigmentação.

· Antioxidantes: Formulações tópicas contendo vitamina C, niacinamida e ácido tranexâmico são frequentemente recomendadas por sua capacidade de reduzir o estresse oxidativo e melhorar o tom da pele.

 

2. Fototerapia com luz amarela de 590 nm

A fototerapia com luz amarela (590 nm) ganhou atenção como uma opção de tratamento não invasiva. Esse comprimento de onda penetra profundamente na derme, estimulando a produção de colágeno e reduzindo a inflamação. Estudos sugerem que a terapia com luz amarela pode ajudar a melhorar o melasma ao atingir componentes vasculares que contribuem para a pigmentação.

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3. Terapias a Laser

·  Lasers Nd:YAG Q-switched:Esses lasers são amplamente utilizados para melasma devido ao seu efeito de fototermólise seletiva, que tem como alvo a melanina sem danificar significativamente o tecido circundante.

·  Lasers Fracionados: Lasers fracionados não ablativos, como lasers fracionados de érbio ou CO2, melhoram o melasma promovendo o resurfacing da pele e reduzindo a pigmentação. No entanto, eles devem ser usados ​​com cautela para evitar hiperpigmentação pós-inflamatória, especialmente em tons de pele mais escuros.

·  Laser de corante pulsado (PDL): Visando anormalidades vasculares no melasma, o PDL ajuda a diminuir a pigmentação reduzindo o suprimento de sangue aos melanócitos.

 

 

Resumo das modalidades de tratamento

 

O tratamento do melasma requer uma abordagem personalizada que considere a gravidade, o tipo de pele e a preferência do paciente. Os tratamentos tópicos continuam sendo a terapia de primeira linha, enquanto modalidades avançadas como fototerapia com luz amarela de 590 nm e tratamentos a laser são promissores para casos refratários. A introdução de antioxidantes como a melatonina e tratamentos sistêmicos como o ácido tranexâmico amplia o espectro de opções disponíveis.

 

Estudos futuros devem ter como objetivo integrar essas modalidades, otimizar protocolos e explorar tratamentos combinados para atingir eficácia sustentada, minimizando os efeitos colaterais. A colaboração entre dermatologistas e pesquisadores será crítica para abordar as complexidades dessa condição desafiadora.






 


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